segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Cobais da SMTT (III)

Meyer, o alemão, entomologista, caçador de “barboletas” e “anicetos”, me ligou. Está espantado com o abandono do Trânsito: “não entendo como Arracaju chegou a esse situação”.

“O governo deve contrratar uma empresa de engenharia de trrânsito para remodelar o trráfego em Arracaju, uma cidade bonito, antes calmo e aconchegante. Na minha querrida Saxônia, ônibus e metrrô são nota dez, porque o governo cuida da trransporte pública com zelo e serriedade. Estimula, junto com as emprresas prrivadas, a bicicleta como meio de trransporte. Instalam ciclovias, bicicletários e vestiários. Carro, que é grrande, caro e poluidor, é o última opção”.

Meu olho ficou pendurado.

“Aqui em Arracaju, vejo que a lucrro dos empresas de ônibus é altíssimo, mas a serviço que fornecem é muito ruim. O atual legenda política, no poder de Arracaju há seis anos, e de Sergipe há quatro, está conivente. Não vejo disposição em melhorar de verdade o serviço de Trrânsito e Trransporte, fundamentais para o dinâmica de qualquer cidade. Pela andar do carruagem, isto é, pelo fumaça que sai das escapamentos e pela quantidade de pneus de carros, é uma questão de tempo Arracaju se igualar às metrópoles do Brrasil, digo, guardados as proporções, aprresentar as mesmas prroblemas no mesmo intensidade”.

É, Meyer, eu to pensando seriamente em sair de casa pela janela, voando.

cuidado_transito_01

“Passo todos as dias pela avenida Tancrredo Neves e não vejo uma policial, nenhuma tipo de fiscalização. Uma via dessa calibrre, continuação da BR-235, por onde passam caminhões, ônibus, carros, motos, bicicletas e pessoas, deve ser monitorrada em todo sua extensão. Tem gente morrendo de moto nela toda semana”.

De cabeça pra baixo, eu era só ouvidos.

“E agorra, sem radar e lombada eletrrônica, as motorristas que se julgam pilotos descarregam o adrrenalina do automobilismo. Você soube de uma acidente em que a velocímetrro do BMW trravou em cento e oitenta quilômetrros por horra, ali perto do shopping Jardins?! Mein Gott!!!”.

This is the what´s the what a fucking wiplash, Meyer.

“A engenharria da S-M-T-T acha por bem enfiar semáforro em tudo que é crruzamento. Parrece que não sabem da existência de outros soluções. Não captaram o função exata das rótulas, que são passagens negociadas. Aquela do terminal de Atalaia é exemplar. Imagino que na maior parte do dia a semáforro pode ficar desligado, de modo que apenas a passagem negociada bem sinalizada funcionasse. Semáforro junto com rótula me parrece um monstro”.

(…) (...).

“Meu boca fica aberta com a ausência de sinalização em algumas crruzamentos, por exemplo ali na esquina do colégio Patrrocínio São José, no encontrro entrre as ruas Santa Luzia e Duque de Caxias, um perrigo! A jugular Tancrredo Neves é muito mal organizada, recentemente enfiaram uma semáforro na esquina do SEBRAE. O objetivo foi facilitar a vida do pedestrre, mas foi tão mal feito, que eles nem se aventurram em atrravessar por ali, e as motorristas naturalmente não respeitam. Na minha querrida Saxônia, isso se resolve com passarrela”.

É, Meyer, a coisa aqui tá preta.

“E não vejo avanços, carro Bartô. O coordenador de Trânsito de Arracaju é um oficial da Polícia Militar. É como colocar uma eletrricista para constrruir pontes, ou uma técnico de futebol parra elaborrar projetos de arquiteturra. É o mesmo que o Procurador Geral do Estado ser uma especialista em marketing”.

E eu me despedi de Meyer, a pensar na maneira mais adequada de sair pela janela, voando.